Liberdade

É engraçado como a liberdade mexe com a cabeça dos seres humanos.
A liberdade é, nada mais e nada menos, algo inatingível pelo homem, pois gozar da liberdade na plenitude da palavra é humanamente impossível, visto que o homem necessita muito mais viver em sociedade do que ser livre.

Ao viver numa sociedade, regida por Leis e normas comportamentais, o homem – sem perceber – abre mão de seu maior e mais nobre sonho: ser livre.

No final das contas, é ‘quase-livre’. Tem o ‘livre arbítrio’, que lhe permite fazer o que quer, na hora e da maneira que for mais conveniente. Mas convenhamos, ser ‘quase livre’ é categoricamente pior do que estar preso. O preso não tem liberdade alguma, não precisa se questionar até onde vai a sua liberdade.
E os quase livres? Sabem onde começa e onde termina a sua ‘semi-liberdade’?

Estranhamente, a linha que separa a quase-liberdade na realidade da liberdade que acredita ter é tão tênue que se confunde…

Tudo é obstáculo para a liberdade. A saúde , o trabalho, a família, os amigos, a faculdade, a(o) namorada(o), marido e esposa, os filhos, (ou a ausência de tudo isto), os cães, os gatos, a casa, a rua, a cidade… Enfim, tudo que lhe pertence ou está sob seu domínio restringe sua liberdade.
Muito embora, tudo o que possui é com o seu consentimento e no exercício de suas faculdades mentais, desta forma, é o próprio homem que escolhe não ser livre, bem como aquilo que vai tirar a sua liberdade.

Até onde vai a sua liberdade? Onde termina a do outro. Certo?
Aah, meu caro, isto é relativo!

1- texto usurpado da minha amiga e colaboradora Camila Holsbach

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