Sucesso na segunda metade da década de 90, o grupo era composto por Dinho (vocalista), Bento Hinoto (guitarra), Júlio Rasec (Teclado), Samuel Reoli (Baixo) e Sérgio Reoli (Bateria), numa carreira fulminante de apenas cinco meses e três semanas, período em que venderam quase 2,3 milhões de cópias de um único disco com músicas irreverentes e debochadas.
Mas o que isso tem a ver com o título do post?
Tudo, sim! isso mesmo! TUDO.
Já prestaram atenção na letra das músicas?
Eu tinha apenas 9 anos de idade, e sabia cantar todas as músicas deles, as músicas de maneira irreverente tinham conotações sexuais que não eram percebidas, e que as crianças nem sabiam o que significavam, e mesmo seus pais, nunca impediram que elas tivessem acesso ao grupo, muito pelo contrário, o grupo fazia muito sucesso com o publico infantil, mesmo falando de suruba, traições, bebidas, dentre outras coisas, a forma irreverente que o grupo usava para citas esses assuntos, fazia com que essas coisas passassem desapercebidas, mas incocientemente já influenciavam a mente dos futuros adolescentes.
Na mesmo época, outro grupo dividia as atenções com os mamonas, era o É o Tchan.
O grupo surgiu com o nome de Gera Samba ,tornaram-se um dos maiores fenômenos de popularidade e de mídia dos anos 90, conhecido por ter diversas canções de teor erótico e duplo sentido, o grupo popularizou-se com a ajuda de um trio de dançarinos, e que em sua primeira e formação contava com Carla Perez, Débora Brasil e Jacaré, e nos vocais “Cumpadi” Washington e Beto Jamaica
Os refrões e coreografias do grupo, como a “Dança do Bumbum”, a “Dança da Cordinha”, “Lamba Tchan” e o “Pout-Pourri – É o Tchan” (sic), se tornaram manias nacionais.
Lembro que na escola as meninas dançavam essas coreografias, e claro que não tão inocentemente assim, os garotos olhavam.
Hoje, os mesmos pais que criticam dançarinas com pouca roupa e cenas eróticas nas novelas que assistem, permitiam que seus filhos consumissem e coreografassem as músicas do É o tchan.
As mesmas adolescentes, que antes dançavam essas músicas se achando mocinhas, hoje dizem odiar o axé, poucas admitem que um dia dançaram e gostaram da música bahiana.
Mas não são apenas coisas ruins que tiramos dessas músicas, falei de duas bandas completamente diferentes, porém, enquanto uma falava indiretamente e de forma irreverente, outra já era mais explícita.
Essas bandas, fizeram com que alguns tabus fossem quebrados, influenciaram muito na maneira como as pessoas lidam com a sexualidade, ajudaram no amadurecimento sexual e até mesmo precose dos jovens, e na busca por informação pelo tema.
Se hoje temos esses assuntos expostos tão abertamente, um dos responsáveis são esses grupos, não estou aqui para defender nenhum grupo de axé, mas, as pessoas tem mania de ficarem criticando suas letras e coreografias, mas creio que poucos críticos pensaram nelas dessa maneira.
Mamonas Assassinas – O vira